Etapa 2: Composição e Volumetria
A partir dos estudos das formas de morar dos povos originários brasileiros, percebemos a constância de alguns desenhos e padrões. Da repetição de um padrão do desenho indígena, aos poucos fomos conformando uma malha - e, por conseguinte, uma volumetria.
Essa malha conforma-se em quadrados e a própria repetição do desenho compôs espaços cheios e vazios. Estes espaços vazios representam áreas de futura expansão das unidades de habitação e também áreas de uso coletivo, ponto importante da forma de se organizar espacialmente dos nossos povos originários, que realizavam muitas atividades em espaços comunitários, sem muros. Todos os pavimentos e todos os cubos tem alguma relação com algum desses espaços de expansão em uma de suas fachadas.
Levando isso para a terceira dimensão, através do uso de peças lego para constituir a volumetria, construímos um grande retângulo do qual subtraímos e eventualmente somamos alguns cubos.
Fizemos duas experiências com esta volumetria: na primeira, construímos o retângulo exatamente com a fachada desenhada a partir do plano que o padrão indígena conformou. Acrescentamos alguns retângulos no seu entorno, formando espaços de expansão para as possíveis unidades de habitação. Percebemos que era uma ideia um tanto imatura ainda, que acaba por quebrar a regra de composição da ideia inicial.
Na segunda experiência, amadurecemos melhor a ideia: fizemos dois conjuntos de blocos retangulares baseados no padrão geométrico inicial e acrescentamos alguns blocos interligando estes conjuntos. Assim, conformando uma unidade geométrica mais coesa, fortalecendo o padrão dos cheios e vazios e as conexões entre as unidades de habitação.